Stock: Camilo chega em quinto e mantém a liderança

Abatido por uma infecção que quase o tirou da corrida, mas muito feliz por ter conseguido segurar o quinto lugar que lhe assegurou a permanência na liderança do campeonato, além de ganhar um cheque de dez mil reais pela volta mais rápida (1min43s050, na segunda passagem).

Esse era o estado de Thiago Camilo após a quarta etapa da Stock Car 2007. O carro de número 21 da Texaco Vogel foi o mais focado pelas câmeras e pelo público de 34 mil pessoas que compareceu a Interlagos para a quarta etapa da Stock Car 2007 durante as 27 voltas da corrida. O motivo foi explicado pelo piloto de 22 anos, depois de puxar pela memória por alguns instantes. “Não me lembro de uma corrida em que tenha trocado tanto de posições desde os tempos de kart. Não tive um minuto de sossego desde a largada até cruzar a linha de chegada”.

Camilo largou em segundo, por fora, se defendeu do ataque de Cacá Bueno (Eurofarma/RC), o terceiro, e conseguiu se manter atrás do pole Antonio Jorne Neto (Eurofarma/RC). Nas primeiras voltas Camilo atacou Neto, mas antes da metade da corrida o carro já estava caindo muito de rendimento e na 14ª volta o piloto da Texaco foi ultrapassado por Bueno. Marcos Gomes (Medley Mattheis), que vinha em quarto, aproveitou a disputa para passar Camilo, que retomou a posição na curva seguinte. Na 16ª volta o filho do lendário Paulão Gomes ultrapassou novamente Camilo e voltou a tomar um ‘xis’. Na 18ª volta o carro de Camilo já não conseguia segurar o ritmo de Gomes e Ingo Hoffmann, e cedeu duas posições.

Em quinto lugar, Thiago Camilo viu Ricardo Mauricio (Medley/Mattheis) se aproximar perigosamente. Avisado pelo rádio que Daniel Serra, que chegara vice-lÁ­der a Interlagos, já abandonara a prova, Camilo sabia que continuaria lÁ­der mesmo perdendo a posição para MaurÁ­cio, mas lutou bravamente, chegou a ser tocado, ultrapassado, deu mais um ‘xis’ e cruzou a linha de chegada três décimos de segundo Á  frente do piloto da Medley, que Á quela altura também não tinha um carro equilibrado, já que largou 11º, caiu para 16º e desgastou muito os pneus para chegar na frente.

“Meu carro estava traseiro demais, impossÁ­vel de guiar. O problema que tive nas últimas voltas da etapa anterior, em Campo Grande, quando parecia que a pressão dos pneus estava errada, aconteceu bem antes aqui. Mexi em tudo que podia dentro do carro e nada adiantou. Considerando todos os problemas que tive, de saúde durante a semana e com o carro durante a prova, foi um resultado maravilhoso”, concluiu.