Stock: Categoria deve mudar sistema de classificação em Curitiba

Os promotores da Stock Car devem distribuir circular Á s equipes nos próximos dias comunicando a volta dos treinos livres a partir da segunda etapa, marcada para dia 30 deste mês em Curitiba. Essa, pelo menos, é a expectativa de Andreas Mattheis, diretor-técnico da Medley e crÁ­tico de primeira hora do formato que vigorou no último fim de semana na abertura do campeonato em Interlagos.

Em São Paulo, os 42 pilotos foram divididos em dois grupos e participaram de três sessões de treinos classificatórios – duas na sexta e uma no sábado. Os 10 mais rápidos decidiram a pole em tomada coletiva de 10 minutos. Antes mesmo de os carros irem para a pista, no entanto, o descontentamento com o novo sistema já era quase unânime. Na reunião habitual dos representantes da CBA, da Vicar e dos pilotos, no sábado Á  tarde, as reclamações aumentaram de volume e os dirigentes acenaram com a possibilidade de mudanças.

“Já havia um sentimento de que o formato não era ideal, e o balanço da primeira etapa parece ter confirmado essa impressão. Esperamos que nossas sugestões sejam ouvidas. Queremos a realização de pelo menos um treino livre de 45 minutos na sexta-feira e no sábado. Depois, uma sessão classificatória, mas de uma hora e meia de duração, com todos os carros e número limitado de voltas, que poderia ser de 20. Daria mais ou menos cinco saÁ­das por carro”, explicou Mattheis, chefe da equipe do bicampeão Giuliano Losacco e Guto Negrão.

Mattheis diz que não há sentido que uma categoria onde não existem treinos ao longo do ano determine que os carros comecem a disputar imediatamente uma vaga entre os 10 da superclassificação. “Cada vez que entramos na pista, é necessário assentar as pastilhas de freios, checar o funcionamento do câmbio, enfim, realizar uma série de trabalhos básicos. Além disso, os pilotos precisam de um tempo para pegar a mão ou se readaptar ao traçado. Muitas vezes, estão retornando a um circuito depois de um ano”, lembrou.

Em Interlagos, apenas Losacco completou a prova entre os Top 10. Essa será uma meta permanente até Á  oitava etapa, já que apenas as últimas quatro corridas – os playoffs – decidirão o tÁ­tulo entre os 10 melhores na tabela de pontos. Losacco partiu em 8º e chegou em 6º, enquanto Guto – 29º no grid – recebeu a bandeirada em 14º. Não foi a estréia dos sonhos da Medley, mas Mattheis já tem um diagnóstico dos problemas que afetaram a equipe. “Houve uma mudança no regulamento técnico quanto Á s barras estabilizadoras dianteira e traseira e não conseguimos encontrar o melhor acerto. Os carros estavam saindo de frente, o que obrigava nossos pilotos a reduzir a velocidade na entrada das curvas. Com isso, as retomadas ficaram prejudicadas.”