Stock: Chuva já é ameaça Á  Stock Car em Buenos Aires

Poças assustam pilotos na abertura dos treinos da segunda rodada dos playoffs.

Antecipada pelos serviços de meteorologia, a chuva que começou pouco antes do inÁ­cio da primeira sessão de treinos livres da segunda etapa dos playoffs decisivos – a 10ª da temporada – está assustando pilotos e equipes da Stock Car em Buenos Aires. Apesar da intensidade apenas moderada, foi suficiente para criar inúmeras poças ao longo de quase todos os 2.607 metros do traçado, provocar aquaplanagens e criar um clima de apreensão. “Se continuar chovendo assim, será até difÁ­cil fazermos os treinos classificatórios de sábado e a corrida de domingo”, advertiu Andreas Mattheis, diretor-técnico da equipe de Giuliano Losacco e Guto Negrão.


Negrão foi o primeiro dos pilotos da Equipe Medley a entrar na variante 7 do Autódromo Oscar Galvéz. Completou 12 voltas – a maior parte delas quando a água caÁ­a mais forte – e voltou aos boxes convencido de que será complicado correr em condições como as desta manhã. “O asfalto tem várias emendas e a água se acumula em diversos trechos. Está muito perigoso”, relatou.


Giuliano Losacco, que lidera a classificação com 237 pontos ao lado de Cacá Bueno, foi um dos últimos a checar o estado da pista, já nos instantes finais do segundo grupo. Depois de somente quatro voltas, a avaliação do bicampeão coincidiu com a do companheiro, que ocupa a 7ª posição entre os 10 que brigam pelo tÁ­tulo de 2006. “O problema da chuva é o volume. Se chover pouco, dá para correr. Caso continue deste jeito, será arriscado demais. A visibilidade dentro do carro fica bastante prejudicada”, observou. Losacco torce pela melhoria do tempo, já que venceu a prova no ano passado e sabe que a Equipe Medley tem um excelente carro em circuitos velozes como as de Buenos Aires, onde a média horária chega perto dos 190 km.


A chuva não causou contratempos apenas na pista. Nos improvisados boxes da Stock Car – os permanentes estão sendo ocupados pela TC 2000, a popular modalidade argentina -, as goteiras rapidamente se transformaram em mÁ­ni-cascatas e a água represada no chão causou transtorno aos mecânicos. Negrão não escondeu a irritação com o quadro caótico. “Os argentinos ficam muito melhor instalados na etapa de Curitiba do que nós estamos aqui. Não podemos ficar num local tomado pela água.”


De acordo com a meteorologia, o sábado deve ser de tempo encoberto, mas com chances reduzidas de chuva. O problema é o domingo, quando as possibilidades de precipitações chegam a 90%. Neste sábado, os carros voltam Á  pista Á s 11h10 para a primeira tomada classificatória de uma hora e meia e limite de 20 voltas por piloto. Os 10 mais rápidos retornam a seguir para a definição da pole na superclassificação. Domingo, a largada está prevista para as 11 horas. A prova será exibida ao vivo pela TV Globo.