Stock: FrancÁªs da A. Matheis avisa, Brasil vai chorar de novo

Chefe da equipe de Giuliano Losacco diz que seleção de Zidane passará Á s semifinais na Alemanha.


Em meio Á s centenas de brasileiros que estarão na torcida por Ronaldinho Gaúcho e companhia neste sábado nos boxes de Interlagos, onde a Stock Car está promovendo a quarta etapa da temporada, uma voz solitária se erguerá pelo time comandado por Zinedine Zidane. O francês Patrick Grandidier, chefe da equipe de Giuliano Losacco e Guto Negrão, assistirá Á  partida vestido de azul e com o coração dividido, mas com uma convicção. “Como na final de 1998, o Brasil vai chorar de novo. A França ganhará por 2 a 1”, aposta.

Natural de Briey, cidadezinha na região de fronteira com a Alemanha, Patrick veio para o Brasil em 2001 para trabalhar na Equipe Medley. Até então, havia passado 17 anos na Fórmula 1 como mecânico da Larrousse, Footwork, Arrows e Jordan. Foi como funcionário da Jordan, então defendida por Ralf Schumacher e Damon Hill, que assistiu Á  fatÁ­dica decisão. “O jogo coincidiu com o GP da Inglaterra. Vimos o jogo num telão instalado na sede da equipe, que ficava dentro de Silverstone”, lembra Patrick.

Naquele ano, Losacco morava em Monza, na Itália, e ainda tentava trilhar o caminho que leva Á  Fórmula 1 como piloto de Fórmula Renault da equipe Tatuus. “Aquela partida foi completamente atÁ­pica por causa do problema envolvendo o Ronaldinho. A escalação do Edmundo chegou a ser anunciada e os jogadores se abalaram com a convulsão do Ronaldinho. É verdade que a França atuou muito bem, mas o Brasil não rendeu o que podia por tudo o que aconteceu antes do jogo”, ressalva Losacco.

Desta vez, o bicampeão da Stock Car espera que tudo seja diferente. “A França merece respeito, será um adversário difÁ­cil, mas o Brasil é muito forte. Ganha mesmo quando não apresenta aquilo que se espera dele. O Dida, por exemplo, parece que conta com alguma proteção especial. Os adversários chegam na cara dele e chutam para fora”, espanta-se Losacco, torcedor do Palmeiras. Segundo ele, as chances do Brasil crescerão se Robinho estiver recuperado e for escalado entre os titulares. “Ele é mais ágil que o Adriano e dá mais movimentação ao ataque.”

Casado com a brasileira PatrÁ­cia e com o filho Bruninho Á s vésperas de completar o primeiro aniversário, Patrick garante que não ficará triste em caso de uma derrota. Só não acredita nela. “Minha casa em Ribeirão Preto fica cheia de gente para ver a Copa na minha tela grande. São parentes da minha mulher, amigos e até funcionários da casa, todos torcendo pelo Brasil. O problema é que a França cresceu bastante contra a Espanha, depois de um inÁ­cio ruim na primeira fase. Uma final contra o Brasil era tudo o que os franceses desejavam, inclusive o presidente Jacques Chirac. Mas nos encontramos antes e alguém terá de ir embora para casa. Infelizmente para os brasileiros, não será a França…”