Stock: Marcos Gomes e Thiago Camilo vão usar técnicas da Nascar em Curitiba

Pilotos acompanharam corrida em Dallas como prêmio da Chevrolet.

As curvas e o traçado do anel externo de Curitiba têm pouco ou nada a ver com os verdadeiros circuitos ovais que fazem tremendo sucesso nos Estados Unidos, paÁ­s que adquiriu gosto por esse tipo de pista. No entanto, os pilotos Marcos Gomes e Thiago Camilo, integrantes do Chevrolet Power Team, garantem ter aprendido alguns pontos importantes na viagem que fizeram no ano passado para acompanhar ao vivo uma prova da Nascar norte-americana. Essa experiência foi um prêmio oferecido pelo Chevrolet Power Team por se terem classificado para o play-off do Campeonato Brasileiro de Stock Car de 2007. Este ano a competição chega atinge a terceira etapa domingo, no Autódromo Internacional de Curitiba.

LÁ­der da competição, com uma vitória em Interlagos e um segundo lugar em BrasÁ­lia, Marcos Gomes viu pela primeira vez uma prova da Nascar e se disse impressionado, entre outros detalhes, com a paixão que os torcedores norte-americanos têm por seus pilotos preferidos. Hoje pode-se dizer que a experiência foi importante para explicar sua liderança no Campeonato Brasileiro de Stock Car:

“Assistir a corrida da Nascar foi muito proveitoso: aprendi como os pilotos posicionam seus carros durante a corrida e vi como as estratégias no pit stop são decisivas, algo que se repete no Brasil”, brincou Marcos Gomes, que com sua equipe, a Medley-A.Mattheis, souberam explorar muito essa operação desde a volta do reabastecimento obrigatório na categoria.

Na primeira corrida deste ano, em Interlagos, Marquinhos assumiu a liderança depois de uma estratégica e bem pensada parada para reabastecimento. Em BrasÁ­lia, ele também conquistou importantes posições nos boxes no pit stop, manobra que se tornou fundamental para a obtenção do segundo lugar e para a manutenção da liderança da principal competição do automobilismo da América do Sul. Após duas etapas ele tem 45 pontos contra 39 de Ricardo MaurÁ­cio, vencedor em BrasÁ­lia.

Gomes lembra que no jantar com o dono de uma equipe ele e Thiago Camilo aproveitaram para perguntar sobre os acertos que eles faziam para andar em pistas ovais, obviamente já pensando nas etapas de BrasÁ­lia e, principalmente, no anel externo de Curitiba, circuito que será usado neste final de semana. Tanto ele quanto Camilo, terceiro colocado na classificação geral da Copa Nextel de Stock Car com 32 pontos, vêem grandes diferenças entre os dois traçados. Mesmo assim o piloto do Chevrolet Astra, da equipe Texaco-Vogel Motorsport, procurou aproveitar ao máximo a oportunidade de estar nos boxes de uma prova da Nascar, a mais concorrida categoria de Turismo do mundo:

“Na verdade, não tem muita coisa parecida, pois o traçado de lá tem inclinação na curva, o que não existe em Curitiba. A parte semelhante, talvez seja que preparamos o carro somente para um lado de curvas, no caso de Curitiba o direito, e sacrificamos um pouco o acerto no lado esquerdo para que o carro responda melhor em curvas para a direita. A diferença fundamental é que o oval de Dallas, assim como quase todos os outros dos EUA, não possui freadas fortes como em Curitiba. Assim, eles não se preocupam com o equilÁ­brio do carro em freada, algo que nós temos que nos preocupar, e muito”, disse Thiago Camilo.