Stock: Pachenki acusa Burti por tentativa de atropelamento, com vÁ­deo

Diante de aplauso irÁ´nico por acidente que provocou na Stock Car V8, piloto paulista ‘joga’ carro contra equipe do paranaense.


A quinta etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8 terminou com tensão nos boxes do Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Londrina. Ainda no retorno dos pilotos aos boxes após a corrida deste domingo (23), Luciano Burti avançou com seu Stock Car em direção ao piloto paranaense Diogo Pachenki e ao seu pai, Jairo Pachenki, que estavam no pit lane. A manobra ofensiva do piloto paulista foi pivÁ´ de discussão nos bastidores.

“Ele nitidamente tentou nos atropelar. Se nós não tivéssemos pulado para trás naquela hora, teria nos acertado”, denuncia Pachenki, atribuindo o que define como “manobra inconseqüente” Á  disputa entre os dois pilotos durante a prova. “O que ele fez foi um crime, não é uma atitude digna de um piloto que esteja no grid de uma categoria do nÁ­vel da Stock Car. Eu tenho a imagem em vÁ­deo para provar o que estou dizendo, não é uma acusação infundada”, disse.

O problema entre Diogo e Luciano teve origem no inÁ­cio da prova. O piloto paranaense, 24º no grid, fez uma boa largada e ganhou seis posições na primeira volta, passando a integrar o mesmo pelotão onde estava o paulista, que largou da 15ª posição. “Ainda no começo, acho que era a terceira volta, ele escapou na entrada da reta oposta e vários pilotos passaram por ele. Eu estava um pouco mais longe, mas também me aproximei para ultrapassar”, narrou.

Segundo Pachenki, a tentativa de ultrapassagem foi dificultada por Burti. “Ele tentou me fechar para um lado, depois para outro, mas consegui passá-lo por fora, no final da reta oposta. Demos mais uma volta, ele vinha praticamente colado na minha traseira. Na entrada da reta dos boxes, o Luciano me deu uma pancada muito forte na traseira. Tenho certeza de que foi uma batida proposital. Isso deixou o meu carro completamente desalinhado”, prosseguiu.

O paranaense da PowerTech, diante da condição de seu carro, foi para os boxes. “Os mecânicos deram uma olhada e me disseram que não havia nada quebrado, aparentemente. Voltei para Á  pista e, coincidentemente, logo Á  frente do Luciano. Mas deixei ele passar, não atrapalhei em nada a corrida dele, até porque eu era retardatário. Vi que, com o carro todo torto, eu não teria condições de ficar na pista. Então, resolvi abandonar a corrida”, descreveu.

Ao final da prova, Diogo e Jairo, que estavam no pit lane, aguardavam a passagem de Luciano. “Quando ele passou, meu pai e eu ‘aplaudimos’ a besteira que ele fez comigo na pista. É claro que foi com ironia, nós estávamos indignados, porque a batida que ele deu na traseira do meu carro foi uma atitude sem qualquer profissionalismo. Quando fizemos isso, ele atirou o carro dele contra nós. Acertou, inclusive, a mão do meu pai, fez um corte no dedo dele”, relatou.

A manobra de Burti na área de boxes obrigou Diogo, Jairo e um torcedor que estava próximo dos dois a saltarem para trás. “O rapaz não tinha nada a ver com a nossa equipe, ficou ainda mais revoltado que nós. Todos nós já estávamos indignados, e ainda assim tivemos que acalmar o rapaz, ele ficou muito nervoso”, contou Pachenki, lamentando também a chance que perdeu de marcar pontos. “O carro estava bom até a batida, eu poderia vir para a frente”.

“Foi tentativa de atropelamento, algo que não se espera de um piloto que já esteve na Fórmula 1. Não é a primeira vez que Luciano Burti provoca acidentes na Stock Car V8. Agora, tenta atropelar pessoas. Ele se julga uma estrela máxima, e mal conhece os demais pilotos da categoria. Em Londrina, conseguiu só os dois primeiros pontos dele no ano. Fico imaginando o que ele pensaria de si próprio se tivesse mostrado potencial para disputar o tÁ­tulo”, desabafou.