Stock: Para Losacco, clima variável pode ser vantagem em Santa Cruz do Sul

O piloto do Peugeot número 9 aposta na experiência da equipe para chegar a um bom resultado.

Para Giuliano Losacco, bicampeão da Stock Car V8 em 2004 e 2005, a pista de Santa Cruz do Sul significa a esperança de melhora. Com curvas variadas, reta relativamente longa, aclives e declives, ela é vista pelo piloto do Peugeot número 9 como um desafio completo para pilotos e engenheiros. Mais ainda nesta rodada, que deverá ter pancadas de chuva nos treinos livres, chuva contÁ­nua na prova de classificação e possÁ­vel chuva leve na corrida.

Por todas estas dificuldades, Giuliano encara esta etapa como uma ótima oportunidade de subir na tabela do campeonato, onde ocupa o sétimo lugar. “Quanto mais difÁ­cil, mais vale a experiência, a competência conta mais. A pista vai ser a mesma para todos e ninguém usou os pneus de chuva da Goodyear em corrida. Quem achar as respostas certas vai se dar bem”, afirma Losacco, que tem o segundo lugar em 2005 como melhor resultado na pista gaúcha.

Além da chuva, o frio intenso deve dificultar ainda mais o fim de semana. O carioca Jorge Freitas, dono e diretor técnico da equipe de Giuliano Losacco, admite preocupação com o clima. “Quando o fim de semana começa com pista molhada, é melhor que vá assim até o final. Se chover nos treinos e parar na corrida, vai ser quase impossÁ­vel acertar os carros porque o asfalto frio impede que os pneus esquentem corretamente. A aderência vai ser quase zero nas primeiras voltas”, avisa Freitas.

Com ótimos resultados em Santa Cruz, onde ganhou a prova da Stock V8 (com Ruben Fontes) e a da Light em 2006 (com Marcos Gomes), Freitas conhece a receita da vitória naquela pista. “A velocidade de entrada nas curvas é crucial. Se a frente estiver preguiçosa, não se consegue um bom resultado. A tração é importantÁ­ssima, assim como os freios e a velocidade na reta, onde há chance de ultrapassagem. Quem for rápido pode ganhar ou defender posições naquele ponto. É uma pista variada que exige um carro completo”, explica ele.

Mesmo com quase 20 anos na Stock Car, Freitas sabe que vai ter de trabalhar duro para tirar o melhor dos quatro Peugeot que estão sob sua direção. “A experiência ajuda, mas até certo ponto, porque nos quatro anos que corremos em Santa Cruz usamos pneus diferentes. Em 2005, eram os Pirelli italianos, em 2006, o fabricante era o mesmo, mas o pneu era mais duro e exigia um outro acerto; em 2007, usamos o Pirelli nacional, muito diferente dos anteriores. Agora, estamos com o Goodyear americano”, analisa Freitas.

Um ponto a favor é a quantidade e a qualidade das informações que Freitas vai receber de Giuliano Losacco, Átila Abreu, Norberto Gresse, e André Bragantini, os dois últimos da equipe Nova RR, que também está sob a direção de Freitas e conta com o conhecimento de Ariel Barranco e do engenheiro Hilton Lellis. “Com quatro pilotos, temos muito mais informações e as sugestões deles se complementam. Na engenharia, são mais cabeças pensando na mesma direção, mas com raciocÁ­nios diferentes. Isso ajuda muito, ainda mais quando as circunstâncias dificultam o trabalho. Mas dificuldades só valorizam um bom resultado. Principalmente se for a vitória”.