Stock: Pilotos encaram os desafios da pista mais veloz da temporada

Com uma velocidade média próxima aos 180 km/h e uma diferença de sete décimos entre o primeiro e último colocado no grid de largada, um pequeno erro na pista de BrasÁ­lia pode levar um piloto do céu ao inferno numa fração de segundo. Com essa pressão – que beira a “desumanidade” – os 34 competidores da Copa Nextel Stock Car entram em ação para disputar a segunda etapa da temporada, no Autódromo Nelson Piquet, neste fim de semana (2, 3 e 4 de maio).

O anel externo do circuito brasiliense é um “quadrado”, com uma reta em subida, uma em descida e duas planas, com quatro curvas fechadas Á  direita. Com esse panorama, é grande o desgaste do carro e também do piloto. “Corridas em BrasÁ­lia são sempre muito disputadas e equilibradas. A do ano passado, por exemplo, foi a mais emocionante da temporada”, lembra Norberto Gresse Filho (Agecom / Bardahl), piloto da Nova/RR (Peugeot), que conquistou o tÁ­tulo da Stock Light 2007 (atual Copa Vicar).

O companheiro dele neste ano, na equipe comandada por Jorge de Freitas, é André Bragantini Júnior (Eurofarma / Hope RH / Vivo), que tem no currÁ­culo uma pole position em BrasÁ­lia no Brasileiro de Stock Car de 2003. â€œÉ uma pista que parece fácil, por ser quase um oval. Mas os detalhes fazem toda a diferença. É uma mistura de técnica e arrojo, que exige o máximo do piloto, pois um segundo de desatenção pode ser fatal”, explica.

Por ser um traçado que lhe traz boas lembranças, Bragantini não poderia estar mais empolgado: “um erro de estratégia na tomada de tempos da etapa de São Paulo me jogou para a última posição. Reencontramos o caminho para a corrida e quase cheguei na zona de pontos”, lembra André, que chegou em 17º na abertura da temporada. “E isso nos deixa animados para este fim de semana”, resume o piloto, que já venceu provas de categorias como a Copa Clio e DTM Pick-up, na pista de BrasÁ­lia.

Para a dupla da equipe campeã da Stock Light no ano passado, e estreante na Copa Nextel, o desgaste de pneus pode ser determinante. “Ainda não sabemos como esse novo pneu irá se comportar num asfalto abrasivo como o deste circuito e com o clima quente e seco predominante na Capital Federal”, destaca Gresse, referindo-se Á  entrada da Goodyear no lugar da Pirelli nesta temporada. “Quem souber achar o equilÁ­brio entre um carro veloz e, ao mesmo tempo, constante se dará bem”, aposta.