Stock: Pizzonia anda com campeão Popó no circuito de Salvador

Piloto de Manaus ficou insatisfeito com o desfecho da definição do grid de largada para a corrida baiana

Além de marcar a primeira corrida de rua da história da Copa Nextel Stock Car, a estréia de Salvador na principal categoria do automobilismo nacional proporcionou um encontro marcante para um Á­dolo da cidade e do Brasil. O pugilista baiano Acelino “Popó” Freitas, que comemora neste sábado (08/08) 10 anos de seu primeiro tÁ­tulo mundial de boxe, pegou uma carona com o amazonense Antonio Pizzonia (Guaraná Dolly/Noma) e deu uma volta no circuito montado no Centro Administrativo da Bahia. “Sou fã dele. Acompanhei toda a sua carreira e foi um enorme prazer ter a companhia dele no meu trabalho”, comenta Pizzonia, terceiro colocado na competição. A corrida acontece neste domingo (09/08), a partir das 11h. A TV Globo mostra ao vivo dentro do Esporte Espetacular.

A volta no traçado de 2.774 metros foi realizada a bordo do carro madrinha da Goodyear, fornecedora oficial de pneus da competição. O campeão dos ringues gostou do passeio. “Eu queria agradecer pela alegria que ele me proporcionou. A segurança que ele passa dirigindo em alta velocidade é muito grande”, afirma Popó. Apesar de certo receio inicial em andar a mais de 200 km/h, o pugilista se sentiu tranqüilo durante todo o percurso. “Ele é muito calmo e minha fobia por andar num carro totalmente fechado, amarrado e com capacete, ficou de lado. O Pizzonia me passou muita tranqüilidade”, garante.

Pizzonia reclama do desfecho da definição do grid de largada

O treino classificatório deste sábado foi bastante conturbado. O câmbio de Pizzonia apresentou problemas logo no começo da primeira fase e o titular da Amir Nasr Racing foi obrigado a participar de toda a sessão sem a segunda marcha. Ainda assim ele se classificou entre os 16 que avançaram Á  segunda fase da classificação.

No inÁ­cio desta segunda fase, Pizzonia entrou na pista e deu apenas uma volta para ver como seu carro iria se comportar com o problema de câmbio. Nas duas vezes em que ele se preparava para retornar Á  pista, o treino foi paralisado. A segunda bandeira vermelha foi acionada devido a um acidente do paulista Allam Khodair.

Quando faltavam dois minutos para o fim do Classificatório II, Pizzonia se posicionou em primeiro para ir Á  pista e registrar sua volta. No entanto, o tempo começou a correr e o fiscal liberou os pilotos após 30 segundos que a sessão havia sido reiniciada. “Eu iria tentar dar uma volta e iria melhorar bastante meu tempo. Tenho certeza que mesmo sem a segunda marcha poderia ficar entre os 10 primeiros”, afirma o competidor com passagens pela Fórmula 1 e Champ Car.

Mesmo com o atraso, o piloto de Manaus iria conseguir abrir sua última volta, já que ele passou na linha de chegada faltando quatro segundos para o término da sessão. Mas mesmo ainda restando tempo para que a volta fosse aberta, a direção de prova resolveu dar a bandeirada final, impossibilitando os competidores de melhorarem seus tempos.

“Foi uma palhaçada. Numa cidade tão acolhedora, com o trabalho maravilhoso que está sendo feito, com grande esforço por parte da prefeitura, governo, federação, pilotos e equipes, o pessoal da direção de prova parece que está querendo estragar a festa”, se lamenta o titular da Amir Nasr Racing, que larga apenas da oitava fila.

Com uma posição de largada desfavorável, Pizzonia sabe que terá uma tarefa difÁ­cil neste domingo. “Vamos pensar em alguma estratégia, mas está difÁ­cil. Vou esperar o pessoal se ajeitar na 1ª volta e depois ver como vai ser a prova. Mas já começaram a estragar a festa”, conclui.