Stock: Por que amamos Campo Grande, por Red Bull Racing

Três semanas depois da etapa de Curitiba, é hora de sacudir as teias de aranha para o terceiro round da temporada 2007 da Copa Nextel Stock Car: Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul e onde, segundo o Ibope, a candidatura de Hoover Orsi para o Senado Federal seria imbatÁ­vel.

O piloto do Volkswagen Bora #12 da Red Bull Racing chega (ou melhor, já está lá) em sua terra natal sedento de recuperação após uma prova difÁ­cil em Curitiba, onde recebeu duas punições polêmicas e acabou no 19º lugar, caindo para nono na classificação geral do campeonato. Já o companheiro Daniel Serra, com o Bora #29, busca defender a vice-liderança da competição.

Ocasionalmente definida como maior fazenda habitada do Brasil, Campo Grande na realidade é uma cidade planejada, organizada e moderna, cujo único real defeito é não possuir um futebol local decente. A deficiência foi resolvida da melhor forma possÁ­vel em 2001, com a inauguração do Autódromo Internacional Orlando Moura, um circuito travado e desafiador que conta também com uma das mais longas retas do paÁ­s. A vocação, ahm, “motorÁ­stica” da região é comprovada pelo Moto Road, evento responsável pela maior concentração de personagens de “Easy Rider – Sem Destino” no Brasil, que chega a atrair 70 mil motoqueiros anualmente em maio.

O campograndense médio costuma ser um mix equânime de ancestrais paulistas, gaúchos e paranaenses (e, Á s vezes, japoneses de Okinawa). A colÁ´nia paraguaia local também é ampla e, alegam seus membros, 100% legÁ­tima. Independente das origens, porém, todos resistem sem problemas Á s temperaturas máximas de 90 graus Á  sombra no verão. “Poder, prosperidade e altruÁ­smo” é o lema da cidade e, espera-se, também o da Red Bull Racing, atual lÁ­der na classificação por equipes, ao longo do final de semana da corrida.

A terra natal de Jânio Quadros, Müller e Tetê EspÁ­ndola também oferece atrações ao turista, como o belo Parque das Nações, maior área verde urbana do Brasil, e o Memorial da Cultura IndÁ­gena. Mas se, por algum acaso inexplicável, o visitante não simpatizar com a capital sul-mato-grossense, resta um consolo: Campo Grande é o melhor ponto de partida para se conhecer o Pantanal e Bonito, cidade indubitavelmente digna do nome. Se esses dois destinos também não forem do seu agrado, aÁ­ o problema é com você mesmo…

DECLARAÇÁ•ES

Hoover Orsi, VW Bora #12: “O tempo anda meio imprevisÁ­vel por aqui, mas isso até não me preocupa muito pois ano passado andamos bem na chuva e no seco. O que eu mais espero dessa vez é poder ter uma sexta-feira sem problemas mecânicos, para podermos trabalhar bastante no acerto ideal para o carro, e conseguir uma boa posição no treino de classificação. Em Campo Grande é importante largar no máximo entre os 10 primeiros, é um circuito onde as ultrapassagens são um pouco complicadas. Se tudo der certo no sábado, meu objetivo para o domingo é o de todas as etapas, sejam aqui ‘em casa’ ou não: brigar por um lugar no pódio”.

Daniel Serra, VW Bora #29: “Vou falar o que tenho dito desde o começo do campeonato: minha idéia em Campo Grande é continuar aprendendo cada vez mais sobre o carro e me entrosar mais ainda com a equipe. Não é porque estamos na vice-liderança que os meus objetivos para esse ano mudaram, até porque nunca andei com o Bora nessa pista. Espero conseguir um bom resultado; fiz pódio na Light lá ano passado, e qualquer coisa próxima disso agora seria sensacional”.

Amir Nasr, chefe da equipe Red Bull Racing: “Estamos cada vez mais ‘pegando a mão’ do acerto do carro com os novos pneus nacionais, por isso fico otimista para Campo Grande. Só esperamos que desta vez o radar do limite de velocidade nos boxes esteja no local certo e não recebamos punições injustas… Infelizmente, esses pontos perdidos pelo Hoover em Curitiba podem nos custar caro no final”.