Stock: Salustiano vÁª a prova de Interlagos como uma boa chance perdida

O vice-campeão da Light de 2005 foi envolvido em um acidente na primeira volta.

Depois de analisar tudo que lhe aconteceu na abertura do Campeonato Brasileiro de Stock Car, neste domingo em Interlagos, Paulo Salustiano não está satisfeito, apenas conformado. Envolvido em um acidente na curva do Lago ainda na primeira volta, Salustiano foi forçado a abandonar uma prova em que tinha boas chances de marcar pontos.

“Até agora, não sei como tudo começou, mas sei que a corrida acabou cedo demais para mim”, lamenta Salustiano, que carrega em seu carro as cores da Bennamed, jeans Sawary e confecção Nicoboco. “O pior de tudo é saber que meu carro estava muito bom. Mesmo largando lá atrás, eu podia ter obtido um bom resultado. Foi o que aconteceu com o Alceu Feldmann. Ele largou uma posição na minha frente e chegou em sétimo. Se não fosse aquela batida logo no começo, eu teria terminado entre os 10 primeiros”, avalia.

Salustiano vinha se condicionando para fazer uma corrida prudente desde os treinos. “Fiz tudo com calma para chegar ao fim da corrida e no domingo de manhã, eu tinha certeza de que conseguiria um bom resultado. Larguei com muito cuidado, fiquei pelo lado de fora e estava tudo certo. Quando cheguei na curva do Lago, tomei a linha de dentro e, de repente, levei uma pancada na lateral e o carro saiu da pista. Foi então que vi o carro do Valdeno Brito e o do Ruben Fontes, que tinham feito a curva pela linha externa. Até agora, não sei quem começou a confusão. A equipe do Valdeno disse que foi o Ruben, a do Ruben disse que foi o Valdeno, mas ninguém disse que fui eu. Isso prova que, nesse caso, eu fui a vÁ­tima”.

O que Salustiano mais lamenta é que seu carro estava muito rápido desde os treinos de pré-temporada, mas um defeito na bomba de gasolina o impediu de aproveitar este potencial. “Na sexta-feira, meu grupo pegou chuva e não deu para fazer um bom tempo. No terceiro treino, no sábado de manhã, a bomba deu problema e o carro ficou parado na pista. Não tive nem chance de usar pneus novos e, ainda assim, ainda fiquei em 23º no grid. Em uma categoria tão competitiva, o resultado de cada piloto depende da posição em que ele larga. Só se está seguro lá na frente, onde os pilotos têm mais a perder e correm com a cabeça. Lá atrás, tem gente que se precipita e prejudica a si mesmo e aos outros. Foi isso que me atrapalhou. E o pior é que eu tinha um ótimo carro nas mãos. Fica para a próxima”.