Truck: Com dificuldades técnicas, Roberval e Beto marcam pontos na Truck em Campo Grande

Pilotos da Scania amargam etapa de problemas no ajuste dos caminhões e redirecionam boa expectativa para corrida do mês que vem em Curitiba.

O sexto lugar de Roberval Andrade e a oitava posição de Beto Monteiro não contemplaram as expectativas de resultados traçadas pela Roberval Motorsport para a sétima etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck. Ainda assim, os dois pilotos viram fatores positivos em suas posições finais na corrida, disputada neste domingo (14) no Autódromo Internacional de Campo Grande e vencida pelo paranaense Wellington Cirino.


Andrade e Monteiro tiveram dificuldades com o acerto dos caminhões Scania desde os treinos classificatórios, em que obtiveram apenas as 12ª e 18ª posições no grid. “As posições de grid ficaram bem abaixo do padrão da equipe, a constatação de que havia algo errado era lógica. Discutimos detalhadamente com toda a equipe as causas dos problemas e decidimos adotar uma outra linha de trabalho no ajuste dos caminhões”, explicou Roberval.


Na fase inicial da corrida, o piloto paulista, que havia vencido a etapa de Campo Grande no ano passado, teve uma das atuações mais agressivas. De 12º no grid, completou a primeira volta em oitavo e assumiu a quinta posição na volta seguinte. O que surgia como uma eficiente corrida de recuperação acabou virando um problema para Andrade. “Em poucas voltas, assim que a temperatura subiu, o caminhão ficou muito, muito ruim”, detalhou.


Os testes preparatórios feitos para a etapa resultaram num considerável ganho de potência para o caminhão número 15 de Andrade, decorado nas cores de Scania, Knorr-Bremse, BorgWarner, Guerra, Frum, KS, Rodafuso, Mann Filter, Tanesfil, Banco PanAmericano, Niju, CCE, Intel e Consórcio Nacional Scania. “O problema é que nós perdemos o acerto, eu tinha dificuldades nas curvas de baixa. Sobrava potência, isso acabou complicando as coisas”.


Ainda antes da intervenção programada do Pace Truck na pista, Roberval havia caÁ­do para sexto. Chegou a figurar em sétimo depois disso e contou com o abandono de Geraldo Piquet para recuperar uma posição. “Poderia ter sido bem melhor, mas saio daqui esperançoso para a prova do mês que vem em Curitiba. A nossa equipe fez testes lá e eu acredito que tenhamos um ‘tempero’ especial para conseguir resultados bem melhores naquela pista”, apostou.


Monteiro, desde o inÁ­cio, viu-se em dificuldades com o ajuste do caminhão número 88. “O set up de corrida não estava bom. Depois do problema nos treinos, nós mudamos o ajuste e no treino de aquecimento, hoje cedo, tudo pareceu estar bem melhor. Mas, quando começou a esquentar, o caminhão ficou muito dianteiro, era difÁ­cil contornar as curvas”, descreveu. “Considerando tudo isso, largar em 18º e pontuar em oitavo até que não foi um mau negócio”, considerou.


O paranaense Pedro Muffato, da MP Motorsport, que também compete pela Scania, estacionou nos boxes a quatro voltas do final. “O que havia de acerto no caminhão desapareceu. Eu sabia que não seria competitivo, mas achei que na corrida viria num ritmo melhor. A temperatura subiu e a traseira do caminhão ficou boba. Além disso, não conseguimos eliminar totalmente o problema nas curvas para a direita. O problema diminuiu, mas não desapareceu”, resumiu.


A antepenúltima etapa da temporada será disputada no dia 12 de outubro, no Autódromo Internacional de Curitiba.