Truck: ‘Erro de cálculo’ tira Muffato do pódio na sétima etapa em Curitiba

Paranaense faz prova de recuperação, perde posições por conta de saÁ­da
de pista nas voltas finais e define etapa como ‘a mais divertida do ano’.


Disputada no último domingo (8) no Autódromo Internacional de Curitiba, a sétima etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck foi a corrida mais divertida da atual temporada para Pedro Muffato. A definição foi do próprio piloto paranaense, que ocupou o 23º lugar no grid e terminou a prova em sexto, mesmo depois de perder duas posições uma saÁ­da de pista a duas voltas do final, numa tentativa de ultrapassagem.

“Fazia muito tempo que eu não ultrapassava tantos pilotos numa corrida”, afirmou Muffato, que tem no Scania eletrÁ´nico número 20 da MP Motorsport as logomarcas dos patrocinadores Autotrac, Faculdade Assis Gurgacz, Muffatão e Coopavel e dos parceiros Tuzzi, Fras-Le e Rodafuso. “Foi uma corrida divertida, se tivesse largado entre os primeiros teria uma chance considerável de ganhar. O caminhão estava muito forte”, atestou.

Muffato largou do fim do pelotão porque, durante os treinos classificatórios de sábado (7), excedeu o limite de velocidade em frente ao radar e teve anulado o tempo de volta. Durante a corrida, uma nova infração ao radar o levou de volta aos boxes, para cumprir um stop and go, quando era sétimo colocado. “Fiz muitas ultrapassagens, mas no calor daquela disputa toda eu acabei estourando o radar na corrida, também. Isso prejudicou”, lembrou.

O paranaense entende que sua prova de recuperação foi comprometida, também, pelo tempo em que permaneceu atrás do brasiliense Geraldo Piquet. “Eu tinha um caminhão mais rápido que o dele no miolo, mas não conseguia passar. É importante destacar que ele jogou muito limpo, não tentou me tirar da pista, nem nada parecido. Quando consegui passar por ele, os outros estavam muito longe, seria difÁ­cil alcançar mais alguém”, conta.

A ultrapassagem sobre Piquet na 23ª volta, consolidada após seis voltas de ataque, deu a Muffato o quarto lugar na corrida. Àquela altura, Renato Martins, o lÁ­der do campeonato, estava em segundo e tinha a barra estabilizadora de seu Volkswagen solta. Débora Rodrigues, também piloto da Volks, era terceira. “Eu já estava conformado com o quarto lugar. Quando vi que o Renato tinha problemas, decidi atacar, pensando no campeonato”, lembra.

A duas voltas do final da corrida, Pedro empreendeu uma tentativa de ultrapassagem sobre Débora. “Tentei pelo lado de fora e cheguei a passar, mas não considerei, naquela hora, que estava no lado sujo da pista. Perdi aderência e por isso saÁ­ para a grama”, lamenta, descrevendo a manobra que lhe custou duas posições. “Se passasse por ela sem problemas, poderia até pensar num ataque para cima do Renato. Enfim, deu no que deu”.

Com o sexto lugar na corrida, Pedro foi a 88 pontos. Está empatado com o paulista Vinicius Ramires, que venceu a prova de Curitiba. Martins, que mesmo com o problema manteve-se em segundo, é lÁ­der com 111. “O campeonato, para mim, ficou muito difÁ­cil, mas não descartamos nada. Ainda temos duas corridas e 56 pontos em jogo. Vamos continuar trabalhando para conquistar vitórias”, diz. A próxima etapa, no dia 12 de novembro, será em Porto Alegre.