Truck: Giaffone vence e quatro seguem em busca do tÁ­tulo

Primeiro e segundo colocados no grid, o paulista Felipe Giaffone e o paranaense Leandro Totti, companheiros de equipe na RM Competições/MAN Latin America, repetiram esses resultados no resultado final do GP Petrobras. A corrida, válida como nona e penúltima etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck, confrontou 26 pilotos na tarde deste domingo (10) em Pinhais (PR), no Autódromo Internacional de Curitiba.

Com a dobradinha comemorada diante dos cerca de 40 mil torcedores presentes ao autódromo, Giaffone e Totti mantiveram-se na disputa pelo tÁ­tulo de 2013. O campeão será conhecido no dia 8 de dezembro, data da etapa final em BrasÁ­lia (DF), no Autódromo Internacional Nelson Piquet. A decisão vai considerar os resultados do pernambucano Beto Monteiro, da Scuderia Iveco, e do gaúcho Régis Boessio, da ABF Desenvolvimento Team.

 
Monteiro, lÁ­der do campeonato, figurou em quarto lugar durante maior parte da corrida. Nos minutos finais, contudo, cumpriu punição por excesso de velocidade no ponto da pista onde um radar limita o tráfego dos caminhões a 160 km/h. Oitavo na classificação final da prova, viu sua vantagem na liderança do campeonato, que era de 28 pontos, cair para 16 sobre o vice-lÁ­der Boessio, terceiro colocado na corrida deste domingo.
 
A vitória em Pinhais foi a 18ª da carreira de Giaffone na Fórmula Truck. Assim, ele isola-se como quarto maior vencedor da história da categoria, atrás apenas de seu atual chefe de equipe Renato Martins, que conquistou 27, de Wellington Cirino, com 23, e de Roberval Andrade, com 20. Ele também figura em quarto na estatÁ­stica dos pole-positions. Em Pinhais, chegou Á  15ª, atrás de Cirino, com 28, de Andrade, com 22, e de Martins, com 18.
 
A CORRIDA
Dada a largada, Giaffone e Totti assumiram a linha interna da pista e mantiveram as duas primeiras posições. Na frenagem forte ao fim da reta de largada, Giaffone saiu da pista e caiu para terceiro. No pelotão intermediário, Luiz Lopes e Raijan Mascarello também saÁ­ram da pista e caÁ­ram para o fim do pelotão. Totti, Boessio, Giaffone, Salustiano e Monteiro completaram a volta nas cinco primeiras posições. Alex Caffi, com problemas, foi para os boxes.
 
Salustiano perdeu o ponto de frenagem ao fim da reta logo na abertura da segunda volta e, com a breve saÁ­da de pista, fui superado por Monteiro. A vantagem de Totti sobre Boessio aumentava volta a volta. Era de 1s5 ao fim da terceira volta, de 2s1 ao fim da quarta, de 2s6 depois de cinco voltas. Giaffone, a essa altura, perdia contato com o vice-lÁ­der Boessio. Leandro Reis, na quinta volta, também procurou os boxes, com problemas mecânicos.
 
Na sétima volta foi a vez de Valmir Benavides enfrentam problemas e estacionar em seu box, para abandonar a disputa. Duas voltas depois, quem parou nos pits foi Débora Rodrigues. Totti administrava cerca de dois segundos e meio de vantagem, beneficiado também pela pressão que seu companheiro de equipe Giaffone voltava a exercer sobre Boessio. A intervenção programada do Pace Truck a um terço de prova ocorreu depois de 12 voltas.
 
Os cinco primeiros, que recebem pontos de bonificação nesse instante de cada etapa, eram Totti, Boessio, Giaffone, Monteiro e Salustiano. Dada a relargada, Totti abriu 2s8 de vantagem. Giaffone reabriu pressão sob Boessio – no complemento da 13ª volta, os dois caminhões estavam emparelhados. Adotando a linha externa do traçado ao longo da reta dos boxes, o piloto pole-position conseguiu a ultrapassagem que lhe valeu o segundo lugar.
 
A 14ª volta foi marcada pela quebra do caminhão de Ronaldo Kastropil, que estacionou Á  beira da pista na aproximação para a curva do Pinheirinho, o que trouxe o Pace Truck de volta Á  pista, neutralizando a disputa por uma volta. A nova relargada foi dada a 25 minutos do término dos 60 minutos previstos para o término da corrida. Totti tornou a abrir vantagem, enquanto Roberval Andrade passou a atacar o quinto lugar de Salustiano.
 
Ao término da 16ª volta, Giaffone havia reduzido sua desvantagem em relação a Totti a seis décimos de segundo. Boessio, em terceiro, estava a mais de três segundos do lÁ­der. A abertura da 18ª volta marcou a ultrapassagem que deu a liderança da corrida a Giaffone. Os dois companheiros de equipe abriam vantagem e polarizavam a disputa pela vitória no GP Petrobras. Na 20ª volta foi a vez de Wellington Cirino parar nos boxes e abandonar.
 
Com os quatro primeiros relativamente acomodados em suas posições, a disputa mais intensa da corrida a 15 minutos do término valia o quinto lugar e confrontava, além de Salustiano e Andrade, Diogo Pachenki, que caiu de sexto para nono na largada e desde então fazia uma corrida conservadora. Totti, na 25ª volta, teve dificuldades na entrada da parte mista do circuito, saiu da pista e caiu de segundo para quarto na classificação da corrida.
 
Totti voltou Á  pista entre Boessio, novo vice-lÁ­der, e Monteiro, o quarto. Giaffone, em primeiro na corrida, completou a volta com 8s1 de vantagem. Foi quando Monteiro excedeu o limite de 160 km/h no ponto da reta onde existe um radar – sua velocidade foi de 162,2 km/h. Ele cumpriu seu drive-thru, punição padrão pela infração, e voltou Á  pista em 10º. Passou a ser nono na mesma volta, com o estouro de pneu que levou Jansen Bueno a abandonar.
 
No complementou da 28ª volta, Totti posicionou seu caminhão pelo lado de fora da curva da Vitória para, na reta dos boxes, ultrapassar Boessio e voltar Á  vice-liderança da corrida. Na abertura da volta final, Monteiro superou Jardim e ganhou mais uma posição, abrindo mais um ponto de vantagem na liderança do campeonato. Na disputa pelo sexto lugar, Geraldo Piquet superou Pachenki a poucos metros da linha de chegada.
 
Giaffone ganhou a corrida quase nove segundos Á  frente de Totti. Boessio, Salustiano e Andrade, nesta ordem, fecharam a formação do pódio do GP Petrobras. O resultado da corrida eliminou Salustiano, Piquet e Cirino da disputa pelo tÁ­tulo brasileiro da Fórmula Truck. Após 30 voltas, o resultado final do GP Petrobras, em Pinhais, foi o seguinte:

1º) Felipe Giaffone (SP/MAN), RM Competições-MAN Latin America, 1h00min43s192
2º) Leandro Totti (PR/Volkswagen), RM Competições-MAN Latin America, a 8s899
3º) Régis Boessio (RS/Mercedes-Benz), ABF Desenvolvimento Team, a 9s454
4º) Paulo Salustiano (SP/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, a 14s270
5º) Roberval Andrade (SP/Scania), Ticket Car Corinthians Motorsport, a 16s528
6º) Geraldo Piquet (DF/Mercedes-Benz), ABF Santos, a 24s810
7º) Diogo Pachenki (PR/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, a 27s156
8º) Beto Monteiro (PE/Iveco), Scuderia Iveco, a 30s801
9º) Djalma Fogaça (SP/Ford), 72 Sports/Ford Racing Trucks, a 34s963
10º) Alberto Cattucci (SP/Volvo), ABF/Volvo, a 45s733
11º) Adalberto Jardim (SP/Volkswagen), RM Competições-MAN Latin America, a 45s750
12º) Pedro Muffato (PR/Scania), Muffatão, a 59s077
13º) Raijan Mascarello (MT/Ford), 72 Sports/Ford Racing Trucks, a 1min09s722
14º) Rogério Castro (GO/Volvo), ABF/Volvo, a 1min09s899
15º) Edu Piano (SP/Ford), Território Motorsport, a 1min21s173
16º) José Maria Reis (GO/Scania), Original Reis Competições, a 1 volta
17º) Luiz Lopes (SP/Iveco), Lucar Motorsports, a 2 voltas
18º) Jansen Bueno (PR/Volvo), DB Motorsport, a 2 voltas
19º) João Marcos Maistro (PR/Volvo), Clay Truck Racing, a 5 voltas
NÁƒO COMPLETARAM
Alex Caffi (ITA/Iveco), Dakarmotors, a 9 voltas
Wellington Cirino (PR/Mercedes-Benz), ABF Santos, a 11 voltas
Ronaldo Kastropil (SP/Scania), Ticket Car Corinthians Motorsport, a 17 voltas
Débora Rodrigues (SP/Volkswagen), RM Competições-MAN Latin America, a 22 voltas
Valmir Benavides (SP/Iveco), Scuderia Iveco, a 24 voltas
Leandro Reis (GO/Scania), Original Reis Competições, a 26 voltas
André Marques (SP/Volkswagen), RM Competições-MAN Latin America, a 27 voltas
Melhor volta: Totti, na 3ª, 1min42s294
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